AVIAÇÃO COMERCIAL & PRIVADA

Aviação comercial despencou 65,9% em 2020

Foto: Tony Hisgett

A demanda global por viagens aéreas domésticas e internacionais registrou queda de 65,9% em 2020, diante de 2019, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês). Segundo a entidade, foi o pior desempenho da história da aviação comercial desde 2001, ano dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos.

Para tentar conter os prejuízos, as companhias pararam aeronaves, reduzindo a oferta de assentos em 56,5%. Não foi o bastante: a taxa de ocupação das aeronaves chegou a 64,8%, uma queda de 17,8 pontos percentuais quando comparado a 2019.

“O ano passado foi catastrófico. Não há outra forma de descrever. A recuperação ocorrida durante a temporada de verão do hemisfério norte estagnou no outono e a situação piorou drasticamente durante os feriados de fim de ano, à medida que restrições mais severas às viagens foram impostas em face de novos surtos e novas cepas da Covid-19”, afirmou o diretor geral e CEO da IATA, Alexandre de Juniac.

No último mês de 2020, o transporte aéreo global de passageiros teve retração de 69,7%, com redução de 56,7% na oferta, nas respectivas comparações com dezembro de 2019. O aproveitamento das aeronaves encolheu 24,6 pontos percentuais, para 57,5%.

Cargas

Os indicadores de cargas em 2020 também foram os piores da história da indústria, segundo a IATA. A demanda global por transporte aéreo de cargas registrou redução de 10,6% em 2020, em relação a 2019. A capacidade dos aviões teve queda de 23,3%, na mesma comparação. O aproveitamento dos aviões subiu 7,7 pontos percentuais, chegando a 54,5%.

Em dezembro, o mercado global de cargas teve queda de 0,5%, em relação a igual mês de 2019, com a capacidade das aeronaves diminuindo 17,7%, na mesma comparação. A ocupação das aeronaves subiu 9,9 pontos percentuais, alcançando 57,3%.

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