AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Novo treinador da USAF tem problemas e já faltam pilotos

O T-7A Red Hawk é uma parceria da Boeing com a Saab. Foto: Boeing

A United States Air Force (USAF) encerrou o ano-fiscal de 2022 (em outubro do ano passado) com 1.900 pilotos a menos que o planejado, 21 mil. A situação já preocupa tanto militares quanto políticos do país e tem uma razão: o treinador T-7 Red Hawk, desenvolvido em parceria entre a Boeing e a Saab, ainda está longe de poder assumir o papel de formador de novos aviadores.

O cenário vem se deteriorando. No ano-fiscal de 2022, foram formados 1.276 novos aviadores, 105 a menos do que o registrado no ano-fiscal de 2021 e 224 a menos que a meta de 1.500 aviadores. Os esquadrões operacionais continuam com o número adequado de pilotos e também há instrutores suficientes, porém para isso foi necessário reduzir em cerca de 30% o número de pilotos experientes em cargos de gestão.

Foto: Boeing

A USAF enfrenta dificuldades com a operação dos seus 422 T-38C Talon e os novos T-7 Red Hawk não devem entrar em serviço pelo menos até 2027, quando a previsão era 2024. O modelo, desenvolvido em parceria entre a Boeing e a Saab, voou pela primeira vez em setembro de 2016 mas tem enfrentado problemas na fase de testes e de aceitação.

O atraso é frustrante quando se pensa no marketing criado em torno do T-7. A aeronave foi apresentada tanto pela USAF quanto pelas duas empresas, ambas de renome na produção de jatos de combate, como a primeira aeronave inteiramente desenvolvida por meios digitais, o que deveria acelerar todo o processo, desde os desenhos iniciais até a aceitação. A integração de sistemas, por exemplo, deveria ser muito mais rápida.

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