A Romênia realizou nesta segunda-feira (15 de maio) a solenidade de aposentadoria de sua frota de caças MiG-21. Os primeiros foram recebidos em 1962 e o país chegou a adquirir 322 aeronaves, com pico durante a Guerra Fria, quando estava sob influência soviética. Os últimos 24 caças em serviço eram do padrão MiG-21 LanceR, fruto de uma modernização conduzida a partir da segunda metade dos anos 90, em parceria com Israel, com mais de cem unidades tendo voado neste padrão.
Porém, o futuro do MiG-21 na Romênia estava em cheque há vários anos. O país ingressou na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 2004 e iniciou a transição para padrões e equipamentos de origem ocidentao. A partir de 2016, foram recebidos 17 F-16AM/BM Block 15 usados por Portugal. No ano passado, foi anunciada a aquisição de outros 32 F-16 usados, dessa vez pela Noruega. O contrato prevê ainda a atualização do software de missão, que passarão a utilizar o sistema M6.5.2. As entregas começam já no fim de 2023, e serão encerradas em 2024, a um custo de 12 milhões de dólares por unidade.
Enquanto isso, a frota de MiG-21 LanceR apresentava redução da disponibilidade, acidentes e proibições de voo, sendo a última entre 15 de abril e 23 de maio de 2022, após um acidente fatal. A situação mais dramática ocorreu em 7 de julho de 2018, quando um MiG-21 LanceR se acidentou durante um show aéreo em Borcea. O piloto, Florin Rotaru, morreu possivelmente após retardar sua ejeção para manobrar o caça com defeito para longe do público de três mil pessoas.
Ainda assim, a Romênia ainda contava com seus MiG-21 para a sua defesa e para cumprir os deveres como Estado-Membro da OTAN. Em 2007, por exemplo, os MiG-21 chegaram a assumir a defesa aérea dos países Bálticos. A participação em exercícios multinacionais também era comum.
A Romênia também planeja a futura aquisição dos F-35 Lightning II.