Fim da linha para os caças de ataque AMX na Itália. No próximo dia 5 de abril, será realizada em Istrana a cerimônia oficial de aposentadoria do modelo, chamado por lá de A-11 e informalmente apelidado de “Ghibli”.
A Aeronautica Militare começou a operar o modelo em 1989, tendo recebido 110 aeronaves monoplace e 26 biplaces. No início de 2024, ainda estavam em serviço pelo menos 26 aeronaves, todas modernizadas para o padrão ACOL, projeto de modernização iniciado em 2005 e que envolveu novas capacidades de uso de armas guiadas e melhorias no cockpit.
A Itália utilizou seus AMX em missões reais, inicialmente em 1995, durante a operação Deny Flight, sobre a Bósnia. Em 1999, foi a vez de haver ação sobre o Kosovo, onde houve destaque para o uso de bombas guiadas a laser. Entre 2009 e 2014 também ocorreram missões no Afeganistão. Por fim, a Líbia também foi palco de missões reais dos AMX italianos, em 2011.
Com a aposentadoria dos AMX, a Itália vai concentrar as missões de combate nos seus 90 Eurofighter Typhoon, 33 Tornado IDS e 13 Tornado ECR ainda em serviço, além dos F-35A/B em início da vida operacional, com mais de 20 unidades recebidas e outras 50 já encomendadas. Não há qualquer informação sobre o destino das aeronaves usadas, nem sobre a vida útil restante.
Dessa forma, o Brasil será, a partir de 6 de abril, o único país do mundo a voar aeronaves AMX. Há a expectativa de o caça de ataque se manter em serviço por aqui até 2028, com todas as unidades ainda em serviço voando com dois esquadrões sediados na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ainda não há qualquer definição sobre um possível substituto para os A-1 da Força Aérea Brasileira.
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