O VH-92A Patriot do US Marine Corps realizou, nesta terça-feira, 19 de agosto, o primeiro voo como helicóptero presidencial dos Estados Unidos. Apelidada de “Marine One”, a aeronave faz parte de uma frota de 23 unidades do mesmo tipo que ficará à disposição da Casa Branca, sendo deslocados mundialmente conforme a agenda do mandatário norte-americano.
A aeronave é baseada no Sikorsky S-92, conhecido internacionalmente por ser operado em voos para plataformas de exploração de petróleo, como ocorre aqui no Brasil, nas cores da Omni Brasil e Líder Aviação. É um helicóptero de grande porte, com 17,12 metros de comprimento, 4,70m de altura e um diâmetro de 17,17 metros de rotor. A versão civil é equipada com dois motores General Electric CT7-8A, garantindo um peso máximo de decolagem de 12,5 toneladas, o suficiente para até dois tripulantes e 19 passageiros. A velocidade máxima chega a 305 km/h e a de cruzeiro de 280 km/h, com alcance de até 998 km, o que justifica o sucesso nos voos offshore.
Como é de se esperar, a versão criada a pedido do Pentágono traz diferenças. A primeira é multiplicar o número de tripulantes: são quatro, sendo um deles focado apenas nas tarefas de comunicação. A bordo de um VH-92, a liderança máxima dos Estados Unidos tem capacidade total de falar com seus auxiliares em qualquer parte do planeta, inclusive para tratar de temas sensíveis, como o acionamento de armas nucleares. Sistemas elétricos e hidráulicos ganharam mais redundância e foram instalados equipamentos para despistar ameaças inimigas, como mísseis, além de ser ampliada a capacidade de sobrevivência em caso de disparos.
Coube a Joe Biden o papel de primeiro ocupante de um VH-92A como presidente. A aeronave decolou do aeroporto internacional O’Hare, em Chicago, até um heliponto às margens do lago Michigan. O voo ocorreu no mesmo dia em que foi confirmada a entrega da 23ª aeronave, sendo 21 para uso operacional e duas tendo sido usadas nos programas de testes.
Os nove VH-92A Patriot já entregues ao Marine Helicopter Squadron One (HMX-1) substituem os dez VH-3D e seis VH-60N que cumpriam a tarefa. O programa foi iniciado em 2014, quando a Sikorsky ganhou a concorrência, mas sofreu uma série de atrasos, boa parte pela não aceitação dos sistemas criados para aumentar a resistência da aeronave. Os primeiros voos ocorreram a partir de 2018, mas só no fim de 2021 foi declarada a Initial Operational Capability (IOC), com o VH-92 até servindo de reserva em algumas missões.
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