Após confirmar presença, mas não comparecer nas edições de 2010 e 2013 do exercício operacional CRUZEX, a Argentina volta a participar com aeronaves neste ano, em um momento de preparação para subir de patamar operacional. O país vizinho tem grandes expectativas para o contingente que está em Natal (RN), com quatro jatos de ataque IA-63 Pampa e um KC-130H Hércules, no claro planejamento de, na próxima CRUZEX, estar com caças F-16 Fighting Falcon.
A situação operacional dos argentinos não é boa. Em 2010 e 2013, com baixos recursos, problemas políticos e crises econômicas que incluíam o risco de ter bens apreendidos no exterior, a participação dos jatos A-4AR Skyhawk foi cancelada em cima da hora. Em 2004, 2006 e 2008, eles haviam marcado presença. Em 2015, a Argentina aposentou seus últimos Mirage III e, de lá para cá, a baixa disponibilidade dos A-4 deu aos jatos leves de ataque IA-63 Pampa um protagonismo não esperado.
Para 2025, já está certa a chegada de caças F-16AM/BM usados da Dinamarca que, apesar de não estarem no patamar tecnológico de opções mais modernas, como os F-39E Gripen brasileiros, já vão representar um salto operacional gigantesco para a Fuerza Aérea Argentina. É nesse contexto que a participação na CRUZEX 2024 se torna prioritária, não apenas na observação dos caças brasileiros, chilenos e norte-americanos, mas também no desenvolvimento e manutenção de uma doutrina da guerra aérea moderna.
Por questão de desempenho, os IA-63 Pampa II e Pampa III voam durante o exercício em missões também realizadas por outras aeronaves leves: A-29 Super Tucano do Brasil, KT-1P do Peru e AT-27 do Paraguai. Contudo, todo o ciclo de planejamento, comando, controle e debriefings conta com a participação dos militares argentinos.
Houve também uma preparação intensa para a CRUZEX 2024. Entre 13 e 19 de outubro, foi realizado um exercício na Base Aérea de Tandil, em que os militares que participam agora do treinamento no Brasil foram exigidos ao máximo, incluindo no uso do idioma inglês. O treinamento conectou os tripulantes mais jovens aos ensinamentos obtidos há mais de dez anos em outros exercícios internacionais, como a Salitre 2004, no Chile, e as edições de 2002, 2004 e 2008 da CRUZEX.
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A volta das capacidades supersônicas da FAA será um novo livro em aberto e na próxima edição da CRUZEX ter os F-16AM/BM participando será um diferencial.
Depois de anos participando com capacidades reduzidas e também os cancelamentos quem sabe agora as coisas mudem e sejam mais favoráveis.
Outras forças poderiam participar e acredito que issi não seja por falta de convite, estamos passando na região por uma renovação de material então em poucos anos modelos como o IAI Kfir da FAC e Atlas Cheetah da FAE e porque não os MIG-29 da FAP vão ser apenas temas de matérias ou peças históricas preservadas. Entre outros modelos que não são comuns por aqui, mas quem sabe nas próximas edições da CRUZEX.