AVIAÇÃO COMERCIAL & PRIVADA

Importações crescem 115% no Brasil e empresas nacionais miram mercado

Agronegócio se destaca na utilização de drones. Foto: Iral Ragenovich

O mercado de drones do Brasil está aquecido, tanto com produção própria quanto via importação. No caso das exportações, um recorte dos cinco primeiros meses de 2024 mostram um crescimento de 115% frente ao mesmo período de 2024. O volume de negócios cheguou a US$ 16 milhões no período. Os números mostram a possibilidade de empresas nacionais terem crescimento na área.

“O aprimoramento da tecnologia, o conhecimento das aplicações dessas soluções para diversos setores, a expansão de mercado e a falta de produção nacional, podem ter contribuído diretamente para esse aumento. Essa última condição se justifica por ser extremamente difícil competir com os preços dos drones fabricados na Ásia Oriental, mesmo com suas taxas e logísticas,
além da complexidade das regulações brasileiras, que tornam as certificações demoradas e caras”, afirma o diretor executivo e CEO da Advanced Technologies Security e Defense (ADTECH SD), Bruno Cunha.

Para o executivo, isso significa que há oportunidade para empresas nacionais. “Antes os drones eram usados para filmagens curtas ou mapeamento de solo, por exemplo, mas não substituíam ferramentas tradicionais como as máquinas de pulverização para o setor agrícola, ou aviões para o mapeamento de grandes áreas. Agora isso já é possível de forma eficiente e mais barata com os drones”, explica Bruno, pontuando que uma vantagem dessa produção em massa é que os drones importados muitas vezes possuem limitações técnicas que criam oportunidades para o mercado interno. “Temos no Brasil diversas empresas que fabricam drones específicos para aplicações, por exemplo drones de carga, monitoramento e agrícola”, relata.

De acordo com o Sistema de Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARPAS), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), existem atualmente 150 mil pilotos remotos cadastrados e 100 mil drones associados a 13 mil instituições. Apenas o Brasil registrou 405.178 solicitações de voo entre janeiro e dezembro de 2024, superando números de anos anteriores.

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