Criado para missões de patrulha marítima, o General Atomics Aeronautical Systems MQ-9B Sea Guardian se tornou o primeiro drone do mundo a ter capacidade de operar com sonoboias. A empresa revelou no fim de fevereiro a conclusão bem-sucedida de testes com um sistema de lançamento.
Sonobóias são dispositivos acústicos lançados ao mar para permitir a localização de submarinos submersos, seja de forma passiva ou ativa. A agilidade para lançar sonobóias pode deixar um submarino inimigo em posição defensiva ou mesmo oferecer uma solução para disparos de armas como torpedos ou cargas de profundidade.
Tanto aviões quanto helicópteros empregados em missões ASW, como os P-3AM da Força Aérea Brasileira ou os MH-16 da Marinha do Brasil, contam com sistemas para lançamento de sonoboias. A oferta da General Atomics, porém, é permitir o lançamento rápido desses dispositivos, sem desviar as aeronaves tripuladas da função de análise de dados, busca de superfície ou mesmo ataque.
O MQ-9B Sea Guardian utilizado no teste foi equipado com o Sonobuoy Dispensing System (SDS). Até quatro desses dispensadores poderiam ir sob as asas do drone, cada um deles podendo lançar até 20 sonoboias, conforme o tamanho e peso.
Mais que a capacidade de lançar as sonoboias, é preciso ter sistemas a bordo para receber os dados enviados e processá-los. No caso do Sea Guardan, que não tem operadores de sonoboias a bordo, tudo pode ser repassado via datalink para navios ou aeronaves amigas na área.
O MQ-9B Sea Guardan já se destacava por conta da sua autonomia, que pode chegar a 40 horas. A aeronave pode levar ainda pods com o radar Raytheon SeaVue XMC e os sistemas de guerra eletrônica Raytheon Intelligence & Space Multi-Spectral Targeting System e Leonardo Electronic Support Measure (ESM)/Electronic Intelligence (ELINT) SAGE 750.
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