As políticas recentes de Donald Trump devem fazer Portugal ficar longe da compra de caças F-35 Lightning II. A informação foi dada pelo Ministro da Defesa de Portugal, Nuno Melo, em entrevista ao jornal Público. Opções de jatos fabricados na Europa passam a ser consideradas, ainda que o representante do governo não tenha entrado em quais seriam elas, ou sequer se são projetos atuais, como o Eurofighter Typhoon ou o Dassault Rafale, ou futuros, como o jato de sexta geração Tempest.
Para o Ministro, as políticas de Donald Trump revelam um novo cenário geopolítico global e, ainda que os Estados Unidos continuem como um parceiro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a compra de caças F-35 Lightning II pode representar levar para Portugal limitações na utilização, na manutenção e no fornecimento de componentes. Nuno Melo acredita que a previsibilidade dos aliados é algo a ser levado em conta.

Fim da linha para os F-16
No âmbito do programa Peace Atlantis, Portugal recebeu 17 caças F-16A e três F-16B Block 15 novos, a partir de 1994. Quatro anos depois, mais 25 aeronaves (21 F-16A e quatro F-16B) da mesma geração foram recebidas usadas dos estoques da United States Air Force. Apesar dos novos caças, Portugal amargou missões secndárias durante o conflito dos Balcãs por seus jatos serem uns dos menos avançados da OTAN.
A partir dos anos 90, foi iniciado um continuado programade modernização que incluiu a conversão dos motores para p padrão PW-F100-220E, melhoria do radar e novos sistemas de bordo, como pods Litening, sistemas de guerra eletrônica e miras montadas no capacete. Foram incorporadas versões avançadas dos mísseis AIM-120 AMRAAM e AIM-9L Sidewinder, além de bombas de precisão.
Em 2013, doze unidades foram revendidas para a Romênia. Outras cinco unidades foram transferidas em 2001. A Força Aérea de Portugal já considera o F-16 MLU como uma aeronave no fim da vida operativa e indica a necessidade de uma substituição.
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