AVIAÇÃO COMERCIAL & PRIVADA

Em crise, Boeing se desfaz de negócios digitais

Cockpit do Boeing 787-8. Foto: Alex Beltyukova

A Boeing anunciou um acordo para vender partes de seu negócio de soluções de aviação digital, incluindo seus ativos Jeppesen, ForeFlight, AerData e OzRunways, para a Thoma Bravo, uma das principais empresas de investimento em software. A transação está avaliada em US$ 10,55 bilhões.

Em meio a crises de produtos como o veículo espacial Starliner, 737 Max e KC-46, a empresa norte-americana também enfrenta uma crise de confiança de investidores no contexto da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que anunciou a suspensão de recebimento de aeronaves. O momento é tão negativo que até a situação de um passageiro preso no banheiro de um 737 já gera preocupações com uma possível revisão geral da frota.

A capitalização é necessária para manter a saúde financeira. Na negociação de venda, a Boeing conseguiu reter o que chamou de capacidades digitais essenciais, soluções que aproveitam dados específicos de aeronaves e frotas para fornecer serviços de manutenção, diagnóstico e reparo a clientes comerciais e de defesa. Essa expertise digital continuará a fornecer insights de manutenção preditiva e prognóstica.

Aproximadamente 3.900 funcionários em todo o mundo trabalham na organização de Soluções de Aviação Digital da Boeing, que inclui elementos do negócio que permanecem dentro da Boeing e aqueles incluídos na venda. A Boeing anunciou trabalhar com a Thoma Bravo para ajudar a garantir uma transição o mais tranquila possível para os funcionários e clientes.

O processo deve ser concluído até o final de 2025 e está sujeito à aprovação regulatória e condições de fechamento habituais. A Boeing desenvolve, fabrica e presta serviços para aviões comerciais, produtos de defesa e sistemas espaciais para clientes em mais de 150 países.

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