Mais de mil aeronaves militares participam a partir de hoje do exercício “Vostok 2018”, realizado pela Rússia na parte Leste do seu território. É o maior exercício militar daquele país desde 1981, durante a Guerra Fria.
Logo no primeiro dia de ação, hoje, 12 de setembro, bombardeiros Tu-95MS Bear realizaram ataques com mísseis de cruzeiro contra alvos do campo de treinamento de Telemba, na região conhecida como República da Buriácia, na Sibéria. Caças Su-35 Flanker-C fizeram o papel de escolta. O ataque percorreu uma distância de 2.000 km e contou com o apoio de reabastecedores Il-78 Midas.
Enquanto isso, tropas cruzavam o rio Zeya, na região de Amur, enquanto sofriam ataques simulados de forças especiais e de mais de 30 aeronaves atacantes, incluindo drones. Em solo contavam com o apoio de uma artilharia antiaérea equipada com cerca de 500 sistemas S-400, S-300, Buk, Tor e Pantsir-S. Só o treinamento de antiaérea envolveu mais de mil militares.
Até o dia 17, a Força Aérea da Rússia vai usar tudo o que tem: caças Su-27 Flanker, Su-30 Flanker-C, Sukhoi Su-35 Flanker-C, MiG-31 Foxhound e MiG-29 Fulcrum participam do treinamento, além de bombardeiros Tu-160 Blackjack, Tu-95 Bear e Tu-22 Backfire. Também estão presentes aeronave de ataque Su-24 Fencer, Su-25 Frogfoot e Su-34 Fullback.
Na superfície, são 36 mil blindados e mais de 80 navios nos mares de Bering, Okhotsk e Japão. Um total de 300 mil militares participam, entre eles 3 mil chineses e um número não revelado de militares da Mongólia.
Em termos aeronáuticos, a China participa com helicópteros, que serão usados em operações aeromóveis com tropas. Terão a companhia de dezenas de Mi-17 Hip, Mi-24 Hind, Mi-35, Mi-26 Halo, Mi-28 Havoc, Ka-27 Helix e Ka-50 Black Shark.
Publicamente descrito como um exercício criado em oposição aos Estados Unidos e seus aliados, o Vostok 2018 teve o curioso convite para a participação da Turquia, país-membro da OTAN que vem tendo episódios de desentendimentos diplomáticos com o governo de Donald Trump. Outros 57 países enviaram observadores militares para acompanhar o treinamento.