O plano é comprar 30 F-35B, de pouso curto/vertical, e mais 60 F-35A convencionais para a Força Aérea e Marinha. Porém, a Itália, país-membro da OTAN, da União Europeia e da Zona do Euro, 9º economia mundial e dona de dois porta-aviões está devendo US$ 439 milhões à Lockheed Martin pelas onze aeronaves já recebidas. O futuro, agora, é incerto.
Celebrado como a “Nova Direita”, o movimento político “5 Stelle” indicou o ministro da defesa Elisabeta Trenta, que está focado em acabar com o programa do governo anterior. A ideia seria reduzir a compra para apenas 30 unidades. Pelos planos iniciais das Forças Armadas da Itália, o ideal teria sido adquirir 131.
Oficialmente, porém, o governo fala apenas em reduzir a velocidade das entregas. O ritmo previsto já era pequeno: dez aeronaves para os próximos cinco anos. Agora, fala-se em reduzir o número para seis ou sete. O governo, de fato, tem como preocupação maior as multas contratuais.
Em uma situação inusitada, o comandante da Força Aérea da Itália criticou o governo. “Atrasar o programa ou reduzir o número de aeronaves adquiridas são medidas extremamente preocupantes para a capacidade operacional, para a indústria nacional e para os benefícios econômicos que o programa traz”, criticou o General Alberto Rosso durante audiência no Parlamento. Segundo ele, qualquer outra solução seria menos eficiente.
O militar confirmou que o F-35 é visto como o futuro da Força Aérea do país e das alas embarcadas nos porta-aviões da Marinha. Informou ainda que já há 25 pilotos com treinamento completo e que a 12º unidade está pronta, mas não foi recebida por causa da falta de pagamentos.
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