ESPAÇO

Acompanhe ao vivo segunda tentativa de mudar a corrida espacial

Depois do adiamento da última quarta-feira, decola hoje dos Estados Unidos uma missão espacial histórica. Pela primeira vez vai ao espaço um foguete tripulado de uma empresa privada. E a missão será transmitida ao vivo: a NASA fará a transmissão ao vivo via Youtube para o mundo.

O foguete Falcon 9, da empresa Space X, tem decolagem prevista para as 16h22 (horário de Brasília) a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Como toda missão espacial, problemas técnicos ou mudanças climáticas podem adiar o voo.

Acompanhe a transmissão da NASA:

De propriedade da empresa Space X, do bilionário Elon Musk, o foguete leva a cápsula Crew Dragon. A bordo estarão os astronautas Doug Hurley e Bob Behnken, que devem embarcar na Estação Espacial Internacional. A data do pouso ainda não foi marcada, mas deve ocorrer no mar, a 450 km da costa da Flórida. No ano passado, uma cápsula semelhante da Space X fez o mesmo voo, porém levando apenas carga.

O lançamento de hoje, que deve ser acompanhado por Donald Trump, tem outro sentido espacial para os Estados Unidos: é a primeira vez que uma missão espacial tripulada decolada do país desde o último voo de um Ônibus Espacial, ocorrido em 2011.

Doze minutos após o lançamento a nave já deverá estar em órbita. Nas 19 horas os seguintes os tripulantes devem fazer testes de todos os sistemas, possivelmente incluindo a pilotagem manual. Também devem dormir a bordo. Em seguida ocorrerá a acoplagem com a Estação Espacial Internacional, o que deve ocorrer de modo automático neste domingo, por volta das 10h (horário de Brasília).

A chegada à Estação vai marcar uma virada de jogo na corrida espacial. Hoje há três astronautas lá: o norte-americano Chris Cassidy e os russos Anatoly Ivanishin e Ivan Vagner. Com a chegada dos dois tripulantes da Space X, os EUA voltarão a ter a maior tripulação a bordo.

E para realizar a missão a Space X contratou dois astronautas experientes. Aos 53 anos, Douglas Gerald Hurley é um ex-fuzileiro naval, piloto de F-18E/F Super Hornet e já foi ao espaço duas vezes, ambas como piloto de Ônibus Espacial. Já Robert Behnken, 49 anos, é um PHD em engenharia que atuou em testes dos caças F-22, F-16 e F-15. Também já foi ao espaço duas vezes, ambas em Ônibus Espacial.

Ambos também têm no currículo uma ausência significativa: não foram enviados ao espaço a bordo de naves russas. Desde 2011, todos os astronautas norte-americanos só foram ao espaço a bordo das naves Soyuz, sempre sob coordenação da agência espacial russa, um fato pouco aceito pelos nacionalistas norte-americanos e agravado pelo aumento dos custos.

A demora para a retomada se explica também pela mudança de paradigma. Ao invés de desenvolver novas naves para substituir os ônibus espaciais, a a NASA decidiu apostar na corrida espacial privada. Para isso, repassou US$ 4,2 bilhões para a Boeing e US$ 2,6 bi para a Space X, que acabará conseguindo antes atingir o feito de levar astronautas para a Estação Espacial Internacional.

O investimento da NASA parece ter feito sentido. Em 2006, a Agência Espacial Russa cobrava US$ 21,3 milhões para enviar uma pessoa até a Estação Espacial. Em 2015, o preço já estava em U$ 82 milhões. Ainda assim, o governo dos Estados Unidos continua a comprar assentos para as próximas missões das naves Soyuz, o que deve ser mantido até haver uma total confiança nas missões conduzidas por empresas.

A SpaceX já tem seis voos contratados com a NASA. Dependendo do sucesso da primeira missão, a segunda nave deve partir com quatro astronautas, sendo um japonês. Já a cápsula Boeing Crew Flight Test, com três astronautas, deve partir para o espaço em 2021. Ambas as empresas devem operar a partir das instalações da NASA na Flórida.

“Novo passo da lógica”

Por meio de redes sociais, o astronauta Douglas Hurley tem feito elogios às inovações tecnológicas do novo veículo aeroespacial desenvolvido pela SpaceX, empresa que tem à frente o empreendedor e visionário Elon Musk.

Entre as novidades da nave estão os painéis em touchscreen, que podem controlar tudo de uma forma bem mais prática do que os inúmeros botões que integravam o painel dos antigos ônibus espaciais. Também foi necessário desenvolver luvas de fácil interação com esse tipo de tela.

Trata-se de um “novo passo da lógica”, disse o astronauta Hurley em uma leve referência à famosa frase “este é um pequeno passo para um homem; e um salto gigante para a humanidade”, dita por Neil Armstrong em 20 de julho de 1969, quando se tornou o primeiro homem a pisar na Lua.

“Minha primeira impressão sobre o interior da [cápsula] Crew Dragon? Fiquei impressionado. É obviamente uma nave espacial moderna com design aerodinâmico e muito confortável. Os assentos são basicamente de carros de corrida; e o quesito segurança foi bastante considerado”, disse o astronauta via Twiter.

(Com informações da Agência Brasil)

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