No início do ano dois iranianos foram capturados pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) em Kiev, com peças do míssil anti-navio Kh-31 dentro do carro que dirigiam. De acordo com Vasyl Hrytsak, chefe do serviço de inteligência da Ucrânia, um dos homens era Abdi Biyan, adido militar na embaixada iraniada de Kiev. Os itens encontrados na mala do carro, que incluíam peças do míssil e manuais técnicos, foram confiscados e os iranianos deportados posteriormente.
O incidente diplomático foi mantido em segredo até recentemente quando Hrytsak relatou o ocorrido para autoridades do governo americano durante viagem a Washington.
De acordo com um estudo publicado em 2017 pelo Departamento de Inteligência Naval dos EUA, mísseis de cruzeiro anti-navio são uma das quatro áreas centrais que a Marinha da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGCN) priorizou para a aquisição de armamentos navais.
A bem sucedida série de mísseis embarcados Kh-31 (AS-17 Krypton na OTAN) possui diversas variantes, entre elas ar-superfície, anti-navio, anti-radiação (sendo a mais conhecida) e até mesmo uma versão “target drone” utilizada como alvo. Ele pode alcançar a velocidade de mach 3,5 (três vezes e meia a velocidade do som) e pode ser lançado a partir de diversas aeronaves como MiG-29 e Su-27.