AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Agência do Pentágono para investigar OVNIs não encontra ETs, mas revela preocupações

Imagem divulgada pela US Navy mostra um alvo desconhecido no HUD de um caça F-18

Criado em julho para investigar os objetos voadores não identificados (OVNI), o All-domain Anomaly Resolution Office (AARO) não encontrou até agora qualquer sinal de seres alienígenas, mas revelou ter preoucupações com a segurança dos Estados Unidos. Chamados oficialmente de unidentified aerial phenomena (UAP), os avistamentos têm sido localizados próximos a bases aéreas, instalações militares e portos.

O Pentágono alega que qualquer objeto não identificado localizado em zonas de segurança é tratado como uma potencial ameaça, e assim os UAP têm sido classificados. O trabalho tem sido de tentar descartar toda e qualquer origem conhecida de cada contato, como balões e drones. Também há a possibilidade de boa parte dos avistamentos ser, na realidade, o funcionamento fora do esperado ou além do esperado de sensores como radares AESA e sistemas óticos no espectro infravermelho.

Atualmente, boa parte do trabalho AARO tem sido reduzir o estigma a respeito desses avistamentos e fomentar que tripulantes relatem qualquer fenômeno desconhecido. O objetivo é tentar ampliar a base de dados em busca da criação de padrões e do que deve ser investigado.

A equipe do AARO também investiga as dinâmicas dos voos registrados. Não é descartado que os UAP sejam fenômenos naturais ainda desconhecidos ou tecnologias secretas já em uso.

Símbolo da inteligência

Responsável por identificar, analisar e integrar dados de inteligência para possíveis ameaças aeroespaciais aos Estados Unidos, o National Intelligence Manager For Aviaton (NIM-A) chamou atenção por conta do seu novo logotipo apresentado em 26 de setembro. O desenho de um disco voador aparece ao lado de imagens que representam aeronaves compreensivamente vigiadas pelo Pentágono, como um drone, um avião de caça, um bombardeiro e o que parece ser um veículo hipersônico.

Dias depois, o prestigiado jornal Independent, do Reino Unido, publicou uma notícia sobre o tema. Uma fonte oficial da organização do Pentágono teria informado que o logotipo postado não era oficial, e que sua publicação teria sido um erro. Na página, o modelo foi substituído por uma imagem mais formal.

A imagem era o selo oficial da entidade, hoje liderada pelo Major General Daniel L. Simpson, militar com 36 anos de experiência na United States Air Force. O oficial também está frente do setor responsável pelas missões de inteligência, vigilância e reconhecimento da USAF.

O National Intelligence Manager For Aviaton (NIM-A) faz parte do National Air Intelligence Integration Office (NAI2O), criado em 2015 a partir de recomendações obtidas após a análise dos atentados de 11 de Setembro. Em seus próprios sites, as instituições revelam analisar ameaças como novos tipos de drones, armamentos hipersônicos, caças potencialmente hostis e ferramentas disponíveis para grupos terroristas.

Não é a primeira vez que referências a aliens ou objetos voadores não identificados surgem em imagens oficiais de órgãos ligados ao Pentágono. As ocasiões anteriores eram relacionadas a brincadeiras ou como forma de esconder material secreto. Ainda é possível que, dessa vez, também se tratasse disso.

Por fim, a suposta nova logo do National Intelligence Manager For Aviaton (NIM-A) deixava claro, entre os desenhos que representam essas possíveis ameaças, uma silhueta que aparenta claramente se tratar de um caça russo Sukhoi Su-57. É, possívelmente, a mais clara prova de que o Pentágono também anda preocupado com o novo caça russo.

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