Já com uma frota de 70 caças Sukhoi Su-30MK Flanker em serviço desde 2008, a Argélia teria recebido nas últimas semanas seus primeiros Su-35S Super Flanker. Trata-se da versão mais avançada do jato russo, incluindo o novo motor AL-41, com empuxo vetorado, radar de varredura eletrônica passiva (PESA) Irbis-E e novos mísseis ar-ar de longo alcance R-37M.
A Argélia não divulga publicamente os detalhes das suas aquisições de armamentos, porém, meios de comunicação ocidentais e africanos apontam que o país teria adquirido 24 Su-35S inicialmente encomendados pelo Egito. Agora, surgiram em redes sociais informações de que esses jatos já voariam com a Força Aérea da Argélia. Especula-se, ainda, a possibilidade de os Su-30MK receberem modernizações. Pelo menos 40 Su-24 Fencer e 40 MiG-29 completam a frota.
Com essa compra, a Argélia se posiciona como um dos principais clientes de caças da Rússia, logo após a Índia. Também assume, pelo menos teoricamente, a liderança do poder aéreo no norte da África, à frente de rivais regionais, com destaque para o Marrocos, que conta com caças F-16 Block 50/52 em vias de modernização de 23 deles para o padrão F-16 Block 72, além de 20 caças F-5E/F Tiger II e 40 Mirage F-1. Já o Egito, outra potência militar da área, possui uma frota mais numerosa, formada por uma diversidade de aeronaves, incluindo cerca de 200 F-16A/B/C/D, 30 MiG-29, 80 Mirage 5, 20 Mirage 2000 e 36 Rafale.
Os países do norte da África também mantêm competitividade estratégica com nações europeias, mais notadamente Espanha, França, Itália e Grécia, sobretudo no que diz respeito ao controle do Mediterrâneo. Há, ainda, outras forças com presença constante na área, como os Estados Unidos e o Reino Unido, que contam com bases na região.
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