A United States Air Force (USAF) atualizou, em abril, suas recomendações para mulheres gestantes que atuam como tripulantes. De acordo com o comunicado oficial, o limite para os voos foi expandido da 28ª para a 32ª semana de gestação, cerca de oito meses.
A atualização, porém, segue com restrições. Nenhuma mulher gestante deve atuar como tripulantes desde a descoberta da gestação até a 12ª semana – período em que há maior ocorrência de abortos espontâneos, aproximadamente 80%, segundo a USAF.
Outra limitação é a respeito das aeronaves de caça, ataque e de bombardeiro. Nestes casos, a mulher não pode voar ao longo de toda a gestação. A preocupação se dá por conta dos ainda pouco estudados efeitos das forças G tanto na mulher quanto no feto.
Aumento da restrição
Em 2022, ainda que o limite para voos fosse menor – 28 semanas – as mulheres poderiam pedir ao seu comando direto, após parecer médico favorável, para voarem inclusive no primeiro semestre. No caso de caças, bombardeiros e aeronaves de ataque, também havia a possibilidade de voar após a autorização do comandante direto, sempre no limite de 28 semanas.
Agora, todas estão proibidas de serem tripulantes até a 12ª semana e não há mais possibilidade alguma de voar aeronaves de alto desempenho. Além disso, a autorização não se dá mais pelo comandante direto, e sim em nível de Comando-Geral.
Em nenhuma das orientações, as mulheres tripulantes foram obrigadas a cumprirem suas missões mesmo estando grávidas. Logo após confirmarem estar gestantes, elas poderiam mudar sua atuação para atividades terrestres, conforme o próprio entendimento.
Contagem em semanas
A contagem da gestação em semanas, e não em meses, é uma prática adotada para maior precisão médica, mundialmente. Isso ocorre porque os meses têm durações diferentes (28, 30 ou 31 dias), enquanto as semanas são sempre de 7 dias. Além disso, avaliar os marcos do desenvolvimento fetal em períodos mais curtos facilita o acompanhamento detalhado. Entre humanos, bebês nascidos a partir da 37ª semana são chamados “a termo”, isto é, dentro do período normal. Abaixo disso, são prematuros. Por outro lado, após a 41ª semana de gestação é comum haver a indução do parto.
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