AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Britânicos vendem aeronaves de inteligência

A agência de equipamento de defesa do Reino Unido lançou um edital para venda de cinco aeronaves Sentinel R1 e dois Sentry AEW1. O primeiro modelo é uma versão adaptada do jato executivo Bombardier Global Express para missões de vigilância de solo, como o norte-americano E-8 JSTARS ou o brasileiro R-99. Já o Sentry AEW1 é popularmente conhecido pela designação norte-americana E-3D, sendo um Boeing 707 com radar e equipamentos para missões airborne early warning and control (AEW&C).

Os cinco Sentinel R1 ainda são relativamente novos: entraram em serviço em 2008, com o início praticamente imediato de missões no Afeganistão. Porém, dois anos depois a Strategic Defence and Security Review já decretava o fim do projeto. Não foi bem o que aconteceu: os Sentinel atuaram na interenção na Líbia (2011), no Mali (2013), em Gana (2014) e permaneceram nos céus afegãos até 2018, tendo também atuação contra o Estado Islâmico. Em 2015, a falta de recursos para modernizar os sistemas a bordo decretou a aposentadoria até março de 2021, com uma aeronave já fora de serviço desde 2017.

Já os dois Sentry AEW1 fazem parte do trio remanescente de sete adquiridos em fins de 1987. A data final para a aposentadoria é dezembro de 2022, coincidindo com a entrada em serviço dos E-7 Wedgetail AEW1, versão adaptada do Boeing 737. O plano original era adquirir pelo menos cinco aeronaves, semelhantes às já em uso na Turquia, Austrália e Coreia do Sul.

Apesar de ainda terem vida útil remanescente, principalmente no caso dos Sentinel, o Ministério da Defesa do Reino Unido deixou claro que as aeronaves não poderão ser compradas para novo uso operacional. As aeronaves devem ser desmontadas e o negócio envolve apenas as partes, inclusive para reciclagem.

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Redação

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