Conforme a Revista ASAS adiantou ontem, a Boeing comunicou hoje oficialmente que desistiu do acordo com a Embraer. As empresas tinham até ontem para confirmar o negócio, mas a empresa norte-americana preferiu desfazer os planos. A confirmação oficial foi divulgada no site da Boeing.
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Nos dois anos de negociação a empresa norte-americana passou a ter bilhões de dólares de prejuízos por conta da crise do 737 Max e, agora, com a pandemia de Covid-19. O cancelamento do negócio com a Embraer, que custaria 4,75 bilhões de dólares, acontece juntamente com um pedido de socorro ao governo dos Estados Unidos, que pode chegar a 60 bilhões de dólares.
Além da crise financeira, a Boeing também viu diminuir a demanda por engenheiros necessários para a criação de novos projetos, um dos ativos da Embraer que interessava à empresa dos EUA.
“A Boeing trabalhou diligentemente ao longo de mais de dois anos para finalizar sua transação com a Embraer. Nos últimos meses, tivemos negociações produtivas, mas sem sucesso, sobre condições insatisfatórias. Todos pretendíamos resolvê-los até a data inicial de término, mas não o fizemos”, disse Marc Allen, presidente da Embraer Partnership & Group Operations. “É profundamente decepcionante. Mas chegamos a um ponto em que a negociação continuada não resolverá os problemas pendentes”.
A parceria planejada entre a Boeing e a Embraer recebeu aprovação incondicional de todas as autoridades reguladoras necessárias, com exceção da Comissão Europeia. O negócio envolvia a criação de uma nova empresa a Boeing Brasil Commercial, que ficaria com toda a linha de jatos comerciais da Embraer, porém com controle 80% norte-americano e 20% brasileiro. Também havia a previsão de uma joint venture específica para o KC-390, sendo de contole 51% da Embraer e 49% da Boeing.
KC-390
Apesar do cancelamento de hoje, as duas empresas vão manter a parceria assinada em 2012 para a comercialização do KC-390, uma negociação realizada anteriormente e sem relação com a proposta da joint venture. Conforme os termos estabelecidos na época, a Boeing vai ajudar a vender o cargueiro, porém a aeronave continua a ser uma projeto da Embraer, sem qualquer gerência da empresa norte-americana.
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Para a Embraer foi melhor, porque se ela fosse parte da Boeing, ela não teria como pensar no futuro, através da criação de uma aeronave comercial maior. Então agora a Embraer pode pensar em lançar a família ERJ230, variando de 210 a 250 passageiros, para competir com a Boeing, com o fracassado Boeing 737 MAX8, na qual todos os clientes tem dúvidas das qualidades desse produto, e a Airbus, e também as empresas da Rússia, Japão, que estão avançando nesse mercado.