Há dez anos o mundo não conta mais com os ônibus espaciais. Criados nos anos 70 com o propósito de baratear e ampliar a conquista do espaço, a história desses veículos foi encerrada em 21 de julho de 2011, após 135 missões e um total de 21.158 órbitas em torno da Terra, em um tempo total de voo de 1.330 dias, 18 horas, nove minutos e 44 segundos. Cinco unidades chegaram a ir ao espaço: Discovery, Atlantis, Endeavour, Columbia e Challenger. Os dois últimos foram perdidos em acidentes fatais, em 1986 e 2003, com a morte de sete astronautas em cada um.
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A última missão de um ônibus espacial decolou do Centro Espacial John F. Kennedy em 8 de julho de 2011. A tripulação foi formada por apenas quatro membros, sendo que o comandante Christopher Ferguson e os especialistas de voo Rex Walheim e Sandra Magnus iam ao espaço pela terceira vez. O co-piloto Douglas Hurley já tinha ido ao espaço uma vez. O objetivo foi entregar para a Estação Espacial Internacional o módulo logístico Rafaello. Para isso, foi utilizada a nave Atlantis.
Foto: Bill Ingalls / NASA
O fim da era dos ônibus espaciais foi determinada pelas críticas públicas ao programa, por conta dos custos, dos riscos e da falta de interesse público. Mesmo antes do fim dos voos, a NASA já trabalhava com uma nova realidade: a prestação de serviços prestados. Já em 2008 foi assinado o primeiro contrato de Commercial Ressuply Services, a empresa Space X. O primeiro voo ocorreu em 8 de outubro de 2012, com a nave Dragon utilizou um foguete Falcon 9 para levar 905 kg de carga até a Estação Espacial Internacional. Em 2020, pela primeira vez uma cápsula Crew Dragon, da Space X, levou dois astronautas até lá, marcando o retorno das missões tripuladas dos Estados Unidos desde o fim do ônibus espaciais.
