AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

E-8 Joint Stars realiza última missão com a USAF

Uma das estrelas da Guerra do Golfo, quando duas aeronaves ainda em fase de testes realizaram mais de 500 horas de missões para monitorar alvos inimigos, o E-8 Joint Stars da United States Air Force (USAF) encerrou sua vida operacional. A última das 17 unidades produzidas realizou sua derradeira missão no dia 21 de setembro – e em cenário de alta complexidade, como ocorreu ao longo de sua carreira.

A aeronave decolou da Base Aérea de Ramstein, na Alemanha, para voar próximo à fronteira da Polônia com a Rússia. A missão continuava a mesma: obter informações a respeito de possíveis alvos, acompanhá-los e atuar em coordenação com os centros de comando na interação entre meios aéreos e terrestres.

Agora, o último E-8, com matrícula 02-9111/GA deve voar aos Estados Unidos. A frota será entregue a museus ou encaminhada ao deserto do Arizona, para armazenamento. Não há perspectivas de venda para outros países.

Foto: Shane Cuomo

A USAF iniciou o ano-fiscal de 2023, iniciado em outubro de 2022, ainda com oito aeronaves em serviço. Todas já eram da versão E-8C, contando com novos motores JT8D-219. O radar  AN/APY-7 continuava a ser o principal sensor, com seus modos de vigilância, indicador de alvos móveis e mapeamento com abertura sintética. Sensores óticos e uma suíte de comunicações e de guerra eletrônica completam o diferencial desses Boeing 707 modificados.

Além de ter identificado os mísseis Scud e blindados a serviço de Saddam Hussein, ao longo de mais de 30 anos os E-8 atuaram nos Balcãs, no Oriente Médio e na Ásia, mais notadamente voando próximo à Coreia do Norte. Suas múltiplas missões são agora assumidas por satélites, drones e pelos novos E-11A.

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