O combate BVR, sigla em inglês para Beyond Visual Range, significa poder destruir alvos aéreos a distâncias tão grandes que não é possível enxergar o inimigo. Nas últimas décadas, isso se tornou sinônimo de caças de maior capacidade, inclusive estreando no Brasil somente após a modernização dos F-5. Agora, enquanto países como a Argentina ainda buscam ter jatos prontos para atuarem na arena BVR, a Bell e o United States Marine Corps avaliam ter isso em helicópteros.
A proposta é possivelmente armar os AH-1Z Viper com os mísseis AIM-120 AMRAAM, porém sem radar indicado para um engajamento BVR de alvos aéreos. A tática é que os AH-1Z atuem na arena BVR a partir de informações enviadas via datalink por caças, navios ou estações em solo. A ideia é que um alvo, iluminado por um radar distante, poderia avaliar ainda estar fora do alcance das armas, porém ficaria a mercê de helicópteros atuando como fator surpresa na guerra aérea. De pequenas dimensões e com voos típicos a baixíssimas alturas, os AH-1Z são ainda de difícil detecção por radar e por infravermelho.
Antes disso, contudo, os AH-1Z devem receber a versão X dos mísseis AIM-9 Sidewinder, usados para combates a curta distâncias. Guiados por infravermelho, não precisam de radar, sendo usados no alcance visual. As aeronaves já empregam os AIM-9 da versão M, mais antiga. Entre as novidades da X estão a possibilidade de também obter informações por datalink sobre a posição do alvo e de atuarem contra mísseis de cruzeiro. Um único AH-1Z poderia decolar com até oito AIM-9X.
O planejamento para manter os AH-1Z e UH-1Y em serviço por pelo menos mais 20 anos inclui a adoção do míssil ar-solo AGM-179, além de uma série de melhorias em sistemas, sensores e equipamentos para uso dos tripulantes. Para isso, o programa Structural Improvement and Electrical Power Upgrade deve ampliar em cerca de 200% a oferta de energia elétrica a bordo.
O United States Marine Corps conta atualmente com 129 UH-1Y Venom e 159 AH-1Z Viper. Ambos os modelos são fabricados pela Bell e têm mais de 80% de componentes em comum.
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