AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

EUA testam Caravan não tripulado para cenário de guerra contra a China

Cessna Caravan não tripulado. Foto: XWing

Dezenas de aeronaves da US Air Force, incluindo caças stealth F-35 Lighting II e F-22 Raptor, participaram neste mês do exercício Bamboo Eagle, um treinamento realizado na Califórnia que claramente simula como seria um conflito contra a China. Porém, quem chamou a atenção como um verdadeiro vetor estratégico foi uma versão não tripulada do turboélice de carga Cessna Grand Caravan.

Preparado pela startup Xwing para voar sem piloto, o Cessna Grand Caravan teve mantida a sua missão primária de transporte logístico. Seu papel de destaque se deve à capacidade de pousar em pequenas pistas semi-preparadas, uma necessidade em um cenário onde frações de tropas podem estar espalhadas por uma grande área geográfica de forma a evitar grandes baixas em ataques bem-sucedidos dos inimigos.

A possibilidade de utilizar uma aeronave do tipo sem tripulação a bordo permite reduzir os riscos de ter pilotos mortos ou capturados caso sejam abatidos por fogo inimigo. Ao mesmo tempo, a ausência de tripulação pode ampliar a carga útil, já que não é necessário instalar uma série de equipamentos a bordo, como poltronas, telas, manche, controles, etc.

O interesse do Pentágono no Caravan não tripulado é grande. A empresa Reliabe Robotics participou do exercício Agile Flag, em janeiro, também para demonstrar uma aeronave convertida para operações não tripuladas.

China avança no mesmo conceito

Já está em testes de voo o Tengden, drone chinês capaz de voar com duas toneladas de carga. A aeronave remotamente pilotada tem dois motores turboélice e foi criada para operar em locais isolados, com pistas de pouso restritas. A expectativa é a de que se torne operacional com o exército do país.

Tengden

De acordo com a TV estatal chinesa, o compartimento de carga tem 12 metros cúbicos de espaço. O trem de pouso é do tipo triciclo, com aparente capacidade para atuar em pistas não preparadas. A envergadura é de 16,1 metros. Há uma grande porta na parte traseira esquerda da fuselagem.

A princípio, não haverá capacidade para realizar missões complexas, como lançamento de paraquedistas ou infiltração em território hostil. Porém, a disponibilidade dessas aeronaves poderá ampliar a capacidade logística da China em pequenas ilhas. Atualmente, o principal cenário para atuação militar do país é a disputa por territórios no Pacífico. 

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