Os jatos F-16C Block 50 da Fuerza Aérea do Chile (FACh) ganham destaque na CRUZEX 2024 por serem vetores já bem dominados pelos seus tripulantes. Com doutrina de emprego consolidada e capacidades que os colocam entre os mais avançados caças da América Latina, os F-16 chilenos cumprem durante o exercício tanto missões ar-ar quanto ar-superfície, acrescentando dinamismo às atividades.
As aeronaves do Grupo de Aviación Nº 3, sediadas em Iquique, no norte chileno, são a ponta de lança da defesa do país andino. Recebidos a partir de janeiro de 2006, os seis F-16C monoplaces e quatro F-16D biplaces do Block 50 eram, à época, a versão mais moderna do jato de combate norte-americano, contando com o radar APG-68(V)9, sistema de guerra eletrônica Aidews e motores F110-GE-129. Além disso, os chilenos passaram a ter, na época, o protagonismo para combates aéreos além do alcance visual (BVR) na região, com os mísseis AIM-120 AMRAAM, até agora exclusivos dos chilenos na América do Sul. Destaca-se ainda o uso do Joint Helmet Mounted Cueing System (JHMCS), miras montadas nos capacetes que ampliam as capacidades de combate, principalmente a curta distância.
Em 2010, o Chile levou seus F-16 Block 50 para a CRUZEX pela primeira vez. Apoiados por um reabastecedor KC-135 Stratotanker, os então jatos mais modernos do continente chamaram a atenção tanto pelas capacidades operacionais quanto pelo traslado em voo direto, da costa do Pacífico à do Atlântico. Em 2013 e 2018, o país enviou seus F-16AM/BM, unidades compradas de segunda mão dos Países Baixos (Holanda) para ampliar a frota, operacionais nos Grupos de Aviación Nº 7 e Nº 8, sediados em Antofagasta.
Agora, na CRUZEX 2024, apesar de não representarem mais os sistemas mais avançados para o combate ar-ar, contam com a experiência no modelo e as possibilidades multifuncionais. Já atuando em infiltrações no “território hostil”, como aeronaves de ataque à superfície, os F-16 chilenos conseguem oferecer uma resistência aos interceptadores bem maior do que a apresentada por jatos subsônicos, como os A-1 AMX ou A-4 Skyhawk da Força Aérea Brasileira e da Marinha do Brasil, respectivamente.
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