O recebimento de caças F-16 pela Ucrânia não é uma solução mágica para o país obter a superioridade aérea no conflito contra a Rússia, mas poderá ajudar a fazer a transição para caças ocidentais. A opinião é do General James B. Hecker, comandante das forças da United States Air Force na Europa e na África, dita publicamente nesta semana.
Após dois anos de pedidos, a Ucrânia se prepara para receber caças F-16, sendo os primeiros transferidos por Países Baixos (Holanda) e Dinamarca, além de já haver promessas da Bélgica e da Dinamarca para reforçar a frota. A expectativa é de que os ucranianos também recebam mísseis AIM-120 AMRAAM, AIM-9 Sidewinder e AGM-88 HARM, além de bombas guiadas do tipo JDAM e SDB. Em realidade, parte desses armamentos já foi adaptada ao MiG-29 e Su-24 ucranianos.
De acordo com o General Hecker, a eficácia dos F-16 em combate dependerá de alguns fatores, como a oposição de modernos sistemas de defesa antiaérea que, até o momento, têm se destacado em ambos os lados do conflito. Na visão do estrategista norte-americano, somente a longo prazo será possível analisar a capacidade que a força aérea da Ucrânia terá.
Há um foco específico no treinamento dos pilotos ucranianos, que operavam até pouco tempo atrás com procedimentos distintos dos adotados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Na prática, a Ucrânia tenta realizar em meses uma mudança de cultura operacional que levou anos em países como Polônia e Romênia.
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