Ao longo de 2019 a Força Aérea Brasileira irá realizar três treinamentos de larga escala, cada um voltado para um cenário diferente. Serão treinadas situações de enfrentamento contra uma outra força aérea, em um conflito regular; uma situação de hostilidade no ambiente naval; e um cenário de conflito assimétrico, contra grupos terroristas, guerrilheiros ou insurgentes.
Essa terceira situação foi simulada em maio, durante o exercício Tápio. Mais de 1.200 horas de voo foram realizadas por 47 aeronaves em uma simulação que teve como destaque o uso de helicópteros e forças especiais. Apontado pela Força Aérea Brasileira como o cenário de emprego real mais provável, o exercício Tápio serviu para verificar o desempenho dos militares em cenários que podem ser encontrados, por exemplo, em uma missão realizada no âmbito das Nações Unidas em nações como a República Centro Africana, um possível destino para militares brasileiros.
Já os exercícios operacionais Tínea e Caribides devem ter uma força significativa de aeronaves de caça, sendo que no segundo caso haverá também participação de aviões capazes de realizar missões de patrulha marítima, caso do P-95 e P-3. Em todo caso, a principal característica dos três exercícios é envolver todos os tipos de aeronaves, em um treinamento que envolve desde as capacidades individuais dos tripulantes até, precisamente, a integração entre os diversos tipos de aviões e helicópteros.
No caso do exercício Tápio, a linha de voo na Ala 5, em Campo Grande (MS), foi composta por C-130 Hércules, C-105 Amazonas, C-95 Bandeirante, E-99, A-1, A-29 Super Tucano, H-36 Caracal, AH-2 Sabre e H-60 Black Hawk,
além do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) e dos Grupos de Defesa Antiaérea (GDAAE).