Atualmente sinônimo para aeronaves russas de alto desempenho, o Sukhoi Flanker completou 45 anos do seu primeiro voo neste mês, mais precisamente em 20 de maio. O ano era 1977 e a União Soviética corria atrás de novas aeronaves norte-americanas que naquele momento ofereciam uma efetiva ameaça à superioridade aérea, mais notadamente o F-15 Eagle.
Inicialmente designado como projeto T-10, o jato teve uma série de problemas, incluindo a perda total do seu segundo protótipo, em 7 de julho de 1978. Um dos maiores desafios para os engenheiros soviéticos foi o desenvolvimento do novo sistema fly by wire. A entrada em serviço aconteceria só em 1985, e após a perda de mais dois protótipos. Mas a história do desenvolvimento teria aspectos positivos: uma versão especial batizada de P42, sem armamentos nem radar, com peso reduzido e motores melhorados, quebrou uma série de recordes de desempenho antes de posse do norte-americano F-15.
O Flanker se tornaria um total sucesso. O sistema fly by wire, baseado na experiência da Sukhoi com o bombardeiro T-4, ajudou a deixar o caça com um desempenho extremamente ágil, apesar das suas dimensões. Também se destaca a alta capacidade de manobra mesmo em baixas velocidades ou em alto ângulo de ataque. No Paris Air Show de 1989, em Le Bourget, o piloto de testes Viktor Pugachev surpreendeu o mundo com a manobra logo apelidada de “Cobra de Pugachev”, que ajudou a dar fama ao Sukhoi Flanker.
Apesar da crise econômica e institucional dos anos 90, a Rússia passou a adotar o Su-27 Flanker como seu principal caça de defesa aérea. Logo, foram conquistadas exportações para Angola, Bielorrúsia, Cazaquistão, China, Eritréia, Etiópia, Indonésia, Mongólia, Ucrânia e Vietnan.
A família Flanker iria além. Já em 1987 voava o Sukhoi Su-33, versão navalizada para operação a bordo de porta-aviões – o que só ocorreria a partir de 1998. Em 1989 voava o Sukhoi Su-30, versão biplace multifuncional que também se tornaria um sucesso de exportações.
Em 1990 ocorria o primeiro voo do Su-34, versão amplamente modificada, com cockpit lado-a-lado, com foco em missões de ataque. O multifuncional monoplace Su-35 voaria em 2008, tendo entrado em serviço em 2014. Já o demonstrador de tecnologias Su-37 encantou o mundo a partir de 1996, mas seus avanços, como o empuxo vetorado, acabaram apenas incorporados às outras versões. A década também assistiu ao desenvolvimento do Shenyang J-11, versão chinesa, e em seguida do Shenyang J-16, sua variante naval.
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