Um helicóptero ataca posições inimigas e retoma o controle de pontes, enquanto caças abatem inimigos, garantindo a superioridade aérea. Ao mesmo tempo, um blindado recebe em tempo real imagens de forças especiais hostis avançando, permitindo uma rápida reação. Todas essas simulações foram realizadas nesta semana pelas Forças Armadas brasileiras, tendo como destaque a transmissão de dados em tempo real para o Comando, em um inédito teste das tecnologias de datalink, capacidade cada vez mais próxima da realidade diária dos militares brasileiros.
Os programas estratégicos do Ministério da Defesa comprovaram sua capacidade de integrar comunicações, comando e controle das operações do das três Forças Armadas, em uma simulação de cenário real no Rio Grande do Sul. Foram utilizados os sistemas Link-BR2, liderado pela Força Aérea Brasileira; RDS Defesa e GCB, operados pelo Exército Brasileiro; e Multi Data-Link Processor, coordenados pela Marinha do Brasil.
A campanha testou a robustez das tecnologias desenvolvidas nos programas estratégicos quanto ao compartilhamento de informações e mensagens, além do envio de ordens e comunicação por voz entre aeronaves, viaturas e embarcações militares, integradas por uma estação multidomínio de Comando e Controle. “Passamos uma fase muito importante com o desenvolvimento do sistema. Agora, a partir da certificação do produto, teremos a possibilidade de executá-lo em nossas Forças”, avaliou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.
O teste geral permitiu validar o Link-BR2, m sistema de C4I (Comunicação, Comando, Controle, Computação e Inteligência) tático desenvolvido pela AEL Sistemas para a Força Aérea Brasileira, projetado para oferecer comunicação, comando e controle de forma segura, confiável e interoperável em ambientes operacionais de alta complexidade. Ele utiliza criptografia no estado da arte para proteger as informações e garantir que elas sejam acessíveis apenas a usuários autorizados.
O sistema suporta múltiplos modos de comunicação, incluindo voz e dados, e foi projetado para operar eficazmente em condições adversas, como um cenário de batalha. O sistema foi desenvolvido pela AEL Sistemas em parceria com a Kryptus Defesa e Segurança e a Aeromot Aeronaves. O Link-BR2 também se encontra em fase final de integração com a aeronave F-39 Gripen em parceria com a empresa Sueca SAAB.
Entre outras aplicações, essa tecnologia pode ser amplamente investida em missões reais como monitoramento de fronteiras, combate ao tráfico ou resgate em áreas remotas. Pode, ainda, ser instalada em vetores com sistemas de guerra eletrônica e radares de alta capacidade, como o avião E-99 da FAB. Em resumo, o Link-BR2 pode estar instalado nas mais diversas plataformas, expandindo a capacidade de comunicação, aumentando a consciência situacional e a eficiência nas mais diversas missões.
O Presidente da AEL Sistemas, Gal Lazar, ressaltou que a demonstração coloca em prática a integração de projetos estratégicos de comunicação alavancados pelo Ministério da Defesa, com forte participação dessa indústria. “Nesse exercício podemos ver todos operando em conjunto, em um mesmo cenário operacional, demonstrando as capacidades de integração dos sistemas de comunicação e comando e controle, bem como a sinergia em um cenário complexo que reflete os desafios dos campos de batalha atuais”, comenta.
Para Gal Lazar, o Link-BR2 traz uma nova visão de guerra centrada em rede, trazendo mais potencialidades para o caça F-5 e conectando a FAB às tendências mundiais. “Por fim, temos ganhos também para as Forças Armadas como um todo, que irá operar em sintonia, e para o Brasil, que coloca sua indústria no estado da arte”, concluiu o Presidente da AEL Sistemas.
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