A Índia tomou uma decisão que poderá trazer impactos imediatos para a sua defesa, mas pode fazer a diferença futura no mercado global de defesa. O Ministro da Defesa, Rajnath Singh, anunciou que os principais programas de aquisição de material estrageiro devem ser interrompidos. O foco será investir na indústria do próprio país.
A decisão afeta os caças russos MiG-29, os patrulheiros norte-americanos P-8I Poseidon, os helicópteros franceses H225M e os russos Kamov Ka-226. Contratos para aquisição de veículos terrestres e sistema de defesa aérea também devem ser afetados.
No caso dos Mikoyan MiG-29 Fulcrum, deve ser cortada a compra de 21 unidades adicionais – o país conta com 101 MiG-29, sendo 36 MiG-29K para operarem no porta-aviões. No caso do P-8, doze unidades foram recebidas, e havia a oferta da Boeing por seis adicionais pelo custo de 2,42 bilhões de dólares. Já os H225M seriam catorze, a ainda serem recebidos. Já o Kamov Ka-226 deve ter o maior corte: eram mais de 200 unidades em negociação para a força aérea e o exército.
Exceções
Mas a decisão não vai afetar todos os projetos. A aquisição de novos caças Dassault Rafale e Sukhoi Su-30MKI vão se manter normalmente. No caso do segundo, os jatos já são produzidos localmente pela Hindustan Aircraft Limited. Já a aceitação do Rafale, ao passo em que a Boeing e a MiG sofreram reveses, praticamente define o Rafale como o futuro caça naval da Marinha da Índia.
A Índia tem um dos maiores poderes aéreos do mundo, com mais de 2.100 aeronaves no serviço ativo. Clique aqui para conhecer o ranking.
LEIA TAMBÉM: Rafale deve vencer F-18 e Gripen na disputa da Marinha da Índia
LEIA TAMBÉM: Índia recorre a motor norte-americano para seus caças Tejas
LEIA TAMBÉM: Índia planeja “Super” Su-30 MKI
LEIA TAMBÉM: Índia avança no antigo mercado do Tucano
LEIA TAMBÉM: Índia recebe 18 caças Rafale novos em nove meses