Fabricado pela Boeing, um reabastecedor KC-46A Pegasus chamou a atenção global ao realizar, no fim de junho, um voo de volta à Terra, sem escalas, em uma marca operacional para a aeronave. Ainda assim, na mesma semana, foi anunciado mais um revés do projeto, com a Itália suspendendo o processo de aquisição.
No caso da volta completa ao planeta, a aeronave decolou em 29 de junho da McConnell Air Force Base, no Kansas, com uma tripulação de nove militares, sendo quatro pilotos, um médico e quatro mecânicos. Ao longo da missão, o KC-46 recebeu combustível de aeronaves KC-135 sediadas no Reino Unido, em Guam (Pacífico) e no estado norte-americano de Utah.
O voo durou 45 horas até o pouso final, na mesma base de origem, que conta com unidades de KC-46 desde 2019 e celebrou o voo em torno da Terra como um marco operacional. A missão foi batizada de “Operação Magalhães”, em homenagem ao navegador português que fez a primeira circum-navegação, entre 1519 e 1522.
Revés na Itália
Dias antes, a força aérea da Itália anunciou a suspensão de compra de dois KC-46 Pegasus, alegando publicamente apenas ter havido “mudança de necessidades não previstas”. O país já opera quatro KC-767, também versão militarizada do Boeing 767, porém com sistemas diferentes. O contrato incluiria a modernização da frota atual.
O KC-46 Pegasus recebeu fortes críticas nos Estados Unidos por conta de dificuldades de desenvolvimento. De todo modo, entrou em serviço em 2017 e já são cerca de 80 aeronaves em operação. Japão e Israel foram as únicas encomendas de exportação até o momento.
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