A Marinha do Brasil vai adquirir novas aeronaves remotamente pilotadas, popularmente chamadas de drones. O objetivo principal é ampliar a capacidade de realizar missões IVR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento). Fabricantes brasileiros e estrangeiros são considerados e já estão em diálogo com representantes da força naval. As informações foram obtidas com exclusividade pela Revista ASAS, a partir de fontes em Brasília (DF).
Em 2022, a Marinha ativou o 1º Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas (EsqdQE-1), subordinado ao Comando da Força Aeronaval, para operar os seis RQ-1 ScanEagle adquiridos, usados para missões IVR. Porém, tratam-se de aeronaves de pequeno porte, com peso máximo de 23,4 kg e 3,1 metros de envergadura.
Agora, a Marinha pretende operar meios mais capazes, com possibilidade de levar sensores de maior complexidade. As futuras aeronaves remotamente pilotadas serão operadas preferencialmente a partir do Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, além de bases em terra. Não estão descartados pousos e decolagens a partir de navios-escolta e de outros meios com capacidade aeronaval, como o Navio Doca Multipropósito Bahia, que possui um convoo suficiente para operar helicópteros de porte do MH-16 Sea Hawk.
Há opções interessantes no mercado, como o drone Nauru, fabricado pela brasileira XMobots. A versão Nauru 1000C já foi encomendada pelo Exército Brasileiro e tem peso de decolagem de 150 kg, o suficiente para levar um complexo sistema de câmeras e possibilidade de realizar voos de até 10 horas, inclusive no período noturno. O modelo também poderá, futuramente, ser armado com mísseis Enforcer, fabricados pela MBDA.
Outra possibilidade é a Agrobee. Como o nome indica, a empresa nacional desenvolveu tecnologias com foco no agronegócio, porém seus modelos de drones possuem características tão avançadas que já são avaliados com atenção por outros setores. O Agrobee 900, por exemplo, tem peso máximo de decolagem de 1.980 kg e uma envergadura de 14,40 metros, um pouco menor, por exemplo, que o diâmetro do rotor de um MH-16 Sea Hawk. Tamanha capacidade significará uma carga útil de até 900 litros, um volume que pode fazer diferença no campo de batalha e oferecer uma série de novas possibilidades operacionais. Modelos menores, como o Agrobee 500 e o Agrobee 200, também são considerados.
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