Dos últimos dez anos, o melhor para o mercado de helicópteros no Brasil foi 2012. Foram 62 unidades novas entregues para operadores brasileiros em 12 meses. O número é mais de três vezes superior ao registrado em 2020: 19.
Ainda assim, o primeiro ano de pandemia foi melhor que 2019 (18 unidades), 2018 (16 unidades), 2017 (12) e 2016, pior ano da crise para o setor, com apenas cinco novos helicópteros entregues no Brasil. No ano passado, também houve uma surpresa: pela primeira vez, os biturbinas médios foram mais comercializados que os biturbinas leves. Porém, 53% do mercado ainda é dominado por monoturbinas.
“O mercado quer crescer. Basta não ser atrapalhado”, opina o consultor Daniel Cagnacci. Segundo ele, historicamente o mercado brasileiro mostra uma recuperação rápida após as crises. A estabilização do valor do dólar, ainda que em um patamar elevado, também é melhor que o cenário de incertezas.
Para Flávio Pires, diretor da Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG), o principal desafio é retornar aos níveis de antes de 2014. “O crescimento da frota está intimamente correlacionado ao reaquecimento econômico”, explica.
Entre as tendências observadas está também a redução da frota de aeronaves com motor a pistão. Ainda assim, elas hoje são 286 dos 1.225 helicópteros em situação normal de aeronavegabilidade no Brasil.
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