AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

MiG-31 teria abatido seu ala por engano

O MiG-31 é uma evolução do MiG-25 e se destaca pela capacidade do conjunto radar e mísseis

Documentos vazados do governo russo revelaram que o acidente com um MiG-31 Foxhound em 26 de abril de 2017 foi, na realidade, um acidente de tiro: a aeronave foi atingida por outro caça do mesmo modelo durante um treinamento. O fogo-amigo sugeriria problemas com o radar Zaslon-AM e com o sistema de controle de armas Baget-55, e por isso a história teria sido encoberta pelo governo Putin.

A informação foi divulgada pela agência de notícias independente Baza. Segundo a notícia, o MiG-31 foi abatido por um míssil de longo alcance R-33, chamado na OTAN de AA-9 Amos.

O documento vazado concluiria que o acidente foi causado pela ativação prematura do radar de bordo e o lançamento não autorizado do míssil. Teriam sido erros do navegador e do comandante da aeronave, respectivamente. Porém, em um outro trecho é dito que houve falhas nos sistemas da aeronave, sobretudo na capacidade de distinguir o MiG-31 na área dos verdadeiros alvos, que eram drones. Também teria havido um erro dos tripulantes da aeronave abatida, que voaram para onde deveriam estar apenas os alvos.

O AA-9 Amos é um míssil de longo alcance, comparável ao AiM-54 Phoenix utilizado nas décadas de 70 e 80 pelos F-14 Tomcat da US Navy

A Agência Baza ressalta ainda que o governo russo não costuma deixar de expor erros dos pilotos ou mesmo proibir toda a frota de uma aeronave caso um grave problema seja encontrado. No caso do acidente ocorrido há quase dois anos, contudo, os comunicados oficiais foram limitados a dizer que o caça caiu em uma área desabitada e que os dois tripulantes ejetaram com sucesso.

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