A indústria aeroespacial chinesa tem um produto que preocupa os Estados Unidos. É o míssil PL-15, armamento ar-ar capaz de atingir alvos a até 200 km de distância voando a cinco vezes a velocidade do som (Mach 5) e contando com um radar AESA para guiagem.
A confirmação da preocupação norte-americana aconteceu em junho, quando o General Anthony Genatempo, responsável pelo desenvolvimento de armas para as aeronaves norte-americanas, revelou que a Lockheed Martin trabalha em um novo míssil ar-ar para fazer frente ao PL-15. O entendimento da US Air Force é que os atuais AiM-120 AMRAAM, armamento padrão nos caças dos EUA, não são páreo para o modelo chinês.
Pouco se sabe sobre o estado operacional dos mísseis chineses. Em 2018, durante o China Airshow, dois jatos stealth J-20 foram vistas com quatro PL-15 no seu compartimento de armas. Os J-20 são a resposta chinesa aos F-22 Raptor. Acredita-se também que o PL-15 também já esteja operacional com os caças J-10C, J-11B e J-16 desde 2016. Os JF-17 Thunder do Paquistão e MiG-29 da Sérvia podem vir a se tornar os primeiros usuários de exportação.
O novo míssil chinês pegou os EUA de surpresa. O país ainda tem previsão de receber lotes do AiM-120 AMRAAM até 2026, mas foi necessário adicionar um reforço.
O novo AiM-260 passou a ser desenvolvido em segredo desde 2017. Os testes de voo devem ocorrer em 2021. Chamado de JATV (Joint Advanced Tactical Missile), o AiM-260 deve ser adquirido pela USAF e pela US Navy. F-22, F-18 e F-35 vão receber a nova arma.