Satélite em formato de cubo e de baixo peso, apenas 5,2 kg, o ITASAT vai ao espaço amanhã (segunda-feira). Com dimensões de apenas 10x20x30 centímentros, ele fará parte da carga a ser lançado por um foguete dos Estados Unidos Falcon 9, que será lançado da Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, às 16h30 (horário de Brasília).
Apesar de pequeno, o ITASAT tem relevância científica. O satélite tem como cargas úteis um transponder de coleta de dados desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais de Natal (INPE/CRN), um receptor GPS desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em parceira com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e uma câmera comercial com resolução de 80m.
Desenvolvido em parceria entre a Agência Espacial Brasileira e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), tem como principal objetivo do projeto ITASAT fomentar a capacitação de recursos humanos para atuar na indústria e nos institutos de pesquisas do setor aeroespacial brasileiro. O desenvolvimento do satélite e o lançamento foram integralmente custeados pela AEB.
O ITASAT será o quarto cubesat nacional a ser colocado no espaço. O primeiro, o NanosatC-Br1, foi desenvolvido pelo INPE e pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); o segundo, o AESP-14 foi desenvolvido pelo ITA. O terceiro, o SERPENS-1 do Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites foi desenvolvido por um consórcio de universidades e coordenado pela Universidade de Brasília (UnB). Todos esses cubesats contaram com recursos da AEB, no âmbito do programa de pequenos satélites.