A Embraer atualmente não produz nenhuma aeronave focada em missões de patrulha marítima, como foi o caso do P-95 Bandeirante Patrulha. No entanto, o Paquistão investe para ter um jato da empresa brasileira especializado na área. Um Lineage 1000, versão VIP do avião regional ERJ 190, foi entregue nesta semana a empresas da África do Sul, de forma a prepará-lo para a nova missão. A entrega deve ocorrer em 2026.
Já conhecido como Sea Sultan, o avião paquistanês é repleto de segredos. Sabe-se que deverá complementar os atuais P-3C Orion e ATR 72. A expectativa é de que tenha um pacote tecnológico capaz de fazer a diferença. Entre os sistemas a serem incorporados estão sensores de guerra eletrônica, radar de busca, comunicações via satélite e lançadores de chaff/flare. Não está claro se a aeronave terá capacidade de lançar armamentos, como torpedos, sonoboias e cargas de profundidade.
O projeto gera curiosidade tanto pelo prazo curto para a entrada em serviço quanto pelo fato de serem contratadas apenas três unidades, sem grandes testes com protótipo. Por isso, há expectativa de menores mudanças no projeto original, como a instalação de pilones para armamentos, o que demandaria uma série de testes aerodinâmicos.
A Embraer não é parceira na empreitada. O governo do Paquistão contratou o conglomerado europeu Leonardo e a empresa sul-africana Paramount.
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