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Pearl Harbor: 80 anos do ataque que mudou a história da Segunda Guerra

Eram 7h48 (hora local) do dia 7 de dezembro de 1941 quando o arquipélago do Hawaii foi surpreendido por um massivo ataque japonês. O alvo principal era a base norte-americana de Pearl Harbor. Foi uma vitória avassaladora, com quatro navios de grande porte da US Navy afundados, de um total de 21 atingidos, e 188 aviões destruídos, ao custo de 29 aviões e de cinco minissubmarinos perdidos pelo lado japonês. Estruturas em terra também foram destruídas.

O ataque lançado por seis porta-aviões japoneses teve como principal resultado a entrada dos Estados Unidos no conflito, com consequências amplas tanto na Europa quanto no Pacífico. Menos de quatro anos após, o Japão se renderia, em choque com o poder de destruição das bombas atômicas norte-americanas.

O ataque japonês a Pearl Harbor foi planejado como “preventivo”: a entrada dos EUA na guerra era um fato considerado por muitos como inevitável. A ideia era reduzir a capacidade dos norte-americanos de impedirem a expansão imperial japonesa ou pelo menos, causar baixas suficientes para garantir que a indústria japonesa fosse capaz de fortalecer a marinha do país.

O planejamento coube ao Almirante Isoroku Yamamoto, um entusiasta das forças aeronavais. Uma das inspirações foi o ataque britânico ao porto italiano de Tarento, em novembro de 1940, quando 21 lentos biplanos Fairey Swordfish conseguiram atingir cinco dos principais navios de guerra da Itália, à época sob o domínio do fascista Mussolini.

O ataque contra Pearl Harbor, vale lembrar, foi muito maior. A frota japonesa mobilizou seis porta-aviões: Akagi, Kaga, Sōryū, Hiryū, Shōkaku e Zuikaku. A primeira onda foi composta por 177 aviões, sendo 48 bombardeiros Nakajima B5N com bombas perfurantes, 40 B5N com torpedos, 48 Aichi D3A com bombas de uso geral e 41 caças A6M2 Zero, para atacar alvos de oportunidade e enfrentar possível oposição aérea. A segunda onda incluiu 54 Nakajima B5N com bombas, 74 D3A com bombas e 34 A6M Zero. A incapacidade dos operadores de radar de identificarem corretamente a ameaça foi fatal, mas a força atacante tinha poder de fogo incontestável.

Naquele 7 de dezembro de 1941, 2.335 militares dos EUA foram mortos, além de 1.143 feridos. Entre os civis, foram 68 vítimas fatais e 35 feridos. O então presidente Franklin Roosevelt chamou a data de “O dia da Infâmia”. Era a entrada oficial dos EUA na Segunda Guerra.

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Tora, Tora, Tora

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