AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Peru e Colômbia participam da CRUZEX de olho em novos caças

F-16, como este do Chile, é um dos jatos que estão sob avaliação do Peru e da Colômbia. Foto: Bianca Viol

Peru e Colômbia participam da edição de 2024 do exercício operacional CRUZEX sem aeronaves de combate de alto desempenho. Enquanto os peruanos virão com turboélices KT-1, os colombianos terão seu reabastecedor KC-767 Júpiter. Porém, é provável que seus militares permaneçam de olho nos Gripen do Brasil e nos F-16 do Chile.

Foto: Bianca Viol / Força Aérea Brasileira

Depois de seus Mirage 2000 adquiridos nos anos 80 serem destaque na CRUZEX 2018, o Peru está em pleno processo de planejar o futuro de sua aviação de caça. O país andino avalia o Gripen e o F-16 como possíveis opções para substituir tanto seus Mirage quanto os MiG-29 comprados nos anos 90. A concorrência também envolve o Rafale, o Eurofighter Typhoon e dois modelos sul-coreanos: o KF-21 Boramae, ainda em desenvolvimento, e o jato leve FA-50 Golden Eagle.

Não há um prazo determinado para a compra dos novos caças; porém, apenas oito Mirage 2000 e seis MiG-29 estariam em condições de voo, com disponibilidade cada vez mais baixa. Os modelos sul-coreanos estariam à frente na disputa, especialmente por conta do acordo para produção local de componentes e da experiência com os turboélices KT-1. No entanto, os concorrentes têm avançado em propostas tanto de aeronaves novas quanto usadas.

Caças Mirage 2000 do Peru durante o exercício Cruzex Foto: Johnson Barros / Força Aérea Brasileira

Já a Colômbia, que participou da CRUZEX 2013 com seus já aposentados aviões de ataque Cessna A-37B Dragonfly, volta com seu reabastecedor KC-767 Júpiter, que, à época, atraía a curiosidade da Força Aérea Brasileira. Agora, são os vizinhos que participam do exercício de olho nos modelos dos países aliados.

Com seus IAI Kfir no limite da vida útil, a Colômbia está prestes a anunciar quais serão seus novos caças. A disputa entre os europeus está forte: governos da Alemanha e da Espanha estariam pressionando, juntos, pela escolha de aeronaves Typhoon do Tranche 2, que viriam dos estoques espanhóis, em vias de substituição por jatos do Tranche 4. França e Suécia também ofertam versões usadas e novas do Rafale e do Gripen, respectivamente. Já o norte-americano F-16 é sempre uma opção considerada.

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Humberto Leite

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