A Suíça pode acabar sem adquirir os 36 caças Lockheed F-35A Lightning II. Conforme pesquisas publicadas pelo TX Group, 82% dos suíços não aceitam mais a compra dos jatos de origem norte-americana. Conforme as leis do país, o tema pode passar por referendo e a compra ser vetada, como já ocorreu com o Saab Gripen.
Com uma defesa aérea ainda calcada em cerca de 24 caças F-18C/D Hornet recebidos entre 1996 e 1999, a Suíça selecionou o Saab Gripen E (à época, chamado de Gripen NG) há mais de dez anos. Porém, em 2014, 52% da população votou contra a proposta de financiamento dos 22 caças.

Em 2021, o Conselho Federal anunciou a seleção do F-35, com expectativa para aquisição de 36 unidades. Porém, agora, a chegada de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos provoca rejeição popular, sobretudo após o início da sobretaxa de produtos suíços.
A pesquisa aponta que os suíços não desejam reduzir os gastos militares, apenas não desejam fazer um negócio bilionário com os Estados Unidos. Isto abre espaço para caças de origem europeia, caso do Dassault Rafale, do Eurofighter Typhoon e, mais uma vez, do Saab Gripen. A Schweizer Luftwaffe, a Força Aérea da Suíça, planeja voar os F-18C/D somente até 2030.
Desde que Trump chegou à Casa Branca, Portugal já anunciou que não irá prosseguir na seleção do F-35. Já o Canadá avalia reduzir a encomenda.

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