AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Submarinos da China são ameaça para porta-aviões dos EUA no Pacífico

Porta-aviões USS George Washington durante treinamento com o submarino USS Connecticut, da US Navy. Foto: Adam K. Thomas


“Bases Aéreas flutuantes”. É assim que os onze porta-aviões da US Navy são costumeiramente descritos, sendo essa frota tendo servido, desde a Segunda Guerra Mundial, como meios de projeção de força militar dos Estados Unidos, inclusive para ganhar superioridade aérea em continentes distantes, sendo reforçados ainda pelos nove navios de assalto anfíbio capazes de operar com jatos F-35B Lightning II, semelhantes aos porta-aviões do Reino Unido e Itália. Porém, apesar de toda essa força, o Pentágono tem precisado refazer as contas na análises estratégicas de balanços de forças contra a China. Isso porque, além da crescente capacidade dos meios aéreos chineses, é necessário avaliar com precisão o potencial de ataque dos submarinos daquele país, uma ameaça à capacidade de ter um grande número de jatos de combate em um eventual teatro de operações naquela parte do Globo.

Em junho, a fim de comemorar os 70 anos da sua força de submarinos, a Marinha da China divulgou imagens do afundamento de um navio de desembarque da classe Yuhai. Tratava-se de uma embarcação de 800 toneladas e 58,4 metros de comprimento. Em serviço a partir de 1995, doze navios do tipo já estão em processo de aposentadoria na China e esta unidade foi selecionada para o exercício da força de submarinos para disparo real de torpedo. Trata-se de um treinamento, mas, igualmente, de uma demonstração de força. Tanto a US Navy quanto outras nações ocidentais, como Reino Unido, França e Itália, ficaram atentas ao curto vídeo divulgado.

Analistas ocidentais avaliam com atenção a evolução da China nessa área. Mais que os seis modernos submarinos de propulsão nuclear da classe Jin, em serviço a partir de 2007, voltados para ataques com mísseis balísticos (inclusive nucleares), chamam a atenção os seis submarinos da classe Shang. São embarcações com propulsão nuclear, silenciosas e de grande alcance, criadas para caçar alvos navais. O mais antigo tem menos de 20 anos no mar e todos podem levar os torpedos mais modernos do arsenal chinês, além do míssil de cruzeiro anti-navio YJ-12, com ogiva de 165 kg e alcance de quase 300 km.

Frota de submarinos da China está em expansão e representa ameaça a qualquer operação militar na área do Pacífico. Foto: Marinha da China

A Marinha do Exército de Libertação Popular, como é chamada a Armada da China, conta ainda com três submarinos de propulsão nuclear da classe Han, construídos nos anos 80; pelo menos 18 modernos submarinos de propulsão convencional da classe Yuan, sendo o mais antigo deles datado de 2005 e com outros dois em fase de acabamento final; 37 submarinos de propulsão convencional das classes Kilo, Ming e Song; e um submarino convencional para ataques com mísseis balísticos, da classe Qing, com pouco mais de dez anos de uso. Vale ressaltar ainda o acelerado programa de porta-aviões e a expansão do número de outras embarcações de superfície.

Navios de desembarque da US Navy, como o USS Wasp, são comparáveis aos porta-aviões de outros apíses. Foto: Benjamin F. Davella III

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